Resumo: OFÍCIO do (brigadeiro) José Custódio de Sá e Faria para o (ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos) , Martinho de Melo e Castro, dizendo que quando começou a fazer o exame à serra de Maracaju desertou um soldado, o que o preocupava, pois poderia com as suas notícias provocar uma revolução no Paraguai. Devido a este fato, resolveu escrever ao capitão-general desta província (Agostinho Fernando de Pinedo) , a carta anexa, participando-lhe a sua chegada. O dito capitão-general respondeu, conforme consta na outra carta inclusa. No entanto, soube não só pelo oficial que a levou a "Curuguatí , mas também pelos castelhanos que trouxeram a resposta, que o dito desertor não informara ninguém de sua estadia na serra. Finalmente diz que não existiam espiões devido à falta de gêneros para os pagar, pois os castelhanos preferia-nos ao dinheiro. -- Anexo(s): 2 cartas. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaEuropa Meridional
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Resumo: DIÁRIO da viagem do brigadeiro José Custódio de Sá e Faria da cidade de São Paulo à praça de Nossa Senhora dos Prazeres do rio Iguatemi . Saiu de São Paulo a 3 de Outubro de 1774 em direção do porto da freguesia de Araritaguaba, acompanhado de oficiais e de 22 soldados de artilharia do Rio de Janeiro. Passando pela aldeia dos Pinheiros e costeando o rio Tietê chegaram a uma fazenda de (D. José I) , que pertenceu aos jesuítas, chamada Araçariguama, e daí dirigiram-se à vila de (Nossa Senhora da Candelária de) Itu. Dirigiram-se depois para a freguesia de Araritaguaba. Embarcaram em 10 canoas com 56 pilotos e remadores, levando também 19 presos para o Iguatemi e começaram a navegação do rio.. Continuando a navegar, chegam à cachoeira "Pirapora" e à dos Pilões e passaram por Curusuguasá, por Forquilha e por uns pequenos recifes Garcia e Matias Pires; de novo passaram um barranco Iaguacuará, os rochedos Itapema pequena e "Itapema grande. Na praia de Capivari pararam por causa da chuva; continuando a navegar, passaram a barra do rio Sorocaba. Passaram depois pela cachoeira das Pederneirase dirigiram-se para o noroeste, rumo aos serros de Araraquara, passaram a barra do rio dos Lanções e várias cachoeiras.. Depois passaram as barras dos rios Jaguaraí, Jacaré pipira e outras cachoeiras.. Prosseguindo na viagem, passaram o Ribeirão do Rio Morto de Avanhandava e muitas barras de ribeirões e cachoeiras, aaté atingir salto de Itapura., Encontraram mais adiante, o rio dividido em dois braços À direita desagua o rio Pernambuco que vem do rio Paraná, no qual existe a cascata Urubupungá. Deixando o rio Tietê, começaram a navegar o Paraná.. Prosseguindo, entraram pelo rio Pardo, por onde navegam os comerciantes que vem do Cuiabá e de Mato Grosso. Tem grande número de cascatas, o que obriga a passar as canoas em carros, no sítio de Camapuã até se lançarem no rio Cochim que deságua no Taquari . Descendo este, entram no rio Paraguai , e subindo-o, chegara ao Cuiabá que os conduz do Jaurú para o Mato Grosso Continuando, chegaram à barra do rio "Paraná pané". Passaram por várias ilhas na costa ocidental.. O rio Paraná é muito largo no sítio onde o rio Ivinheima deságua. Chegaram depois à barra do rio Ivaí, que vem dos campos de Tibagi e Garapuava. Por detrás de umas ilhas que contornaram, deságua o rio Amambaí, cuja nascente é próxima da do Iguatemi, Começaram a subir este e, após terem remado algumas léguas, chegaram à guarda da Forquilha, que tem um sargento e 12 homens e fica à direita, antes de chegar à junção do rio Escopil com o Iguatemi. Aqui tomaram oito homens para ajudarem os trabalhos das canoas. Tendo eles partido, chegou o sargento da guarda com quatro desertores: dois soldados de Infantaria e dois aventureiros que estavam a construir uma canoa para fugirem para São Paulo. Assim que avistaram as canoas da expedição, vieram oferecer-se para ir nelas. Aqui chegaram ao capitão Joaquim de Meira de Sequeira 15 homens que se tinham perdido da Forquilha, para ajudarem a passar as cachoeiras. Passaram mais duas cachoeiras, a última das quais, a do Ribeirão custou muito a passar, depois por outras-e na do "Urubú" encontra-se o capitão de aventureiros acima referido, Joaquim de Meira com 26, que semeiam milho, mandioca e feijão por conta de (D. José I) para sustento da tropa da praça de Nossa Senhora dos Prazeres. Passaram sem dificuldades a cachoeira Paiol e o ribeirão das "Bogas" e chegaram à praça de Nossa Senhora dos Prazeres do Iguatemi, terminando assim esta viagem. -- Anexo(s): [dado não informado]. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: OFÍCIO do (brigadeiro) José Custódio de Sá Faria para o (ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos) Martinho de Melo e Castro, dizendo que pela "carta de ofício", mapas e diários a ela juntos, lhe apresenta a informação dos pontos a que devia responder, decretados nas ordens de (D. José I) , o que suavizaria o desagrado do Rei, cansado pela demora a que o obrigaram em São Paulo. Diz que o (governador) e o capitão-general da capitania de (São Paulo) , (D. Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão, morgado de Mateus) , não concordava com a sua ida para o Iguatemi , não lhe mostrando, para evitar que insistisse em partir, uma Carta de 20 de Novembro de 1772, na qual se renovava essa ordem. Perguntando porque não lhe dera ordem de marcha, conforme lhe fora mandado, respondeu o governador que o não fizera para evitar que corresse algum risco sem necessidade, apesar de ele ter insistido.. Acrescenta que, se não tomou a iniciativa de partir foi porque se encontrava debaixo das suas ordens, que já podiam ser diferentes, pois o governador evitava falar com ele acerca do Iguatemi. Resolvera aquele que antes da chegada das últimas ordens, fosse e voltasse à citada praça, porém passados oito dias ordenou o contrário, alegando que queria fazer ainda umas investigações. Diz que assim que chegou à vila de Santos, tendo saído do Rio de janeiro, lhe escreveu o dito governador, mandando que seguisse para São Paulo, o que assim fez, e tendo aí chegado ordenoulhe que fizesse o papel que firmou em 21 de julho de 1772 sobre a defesa do Iguatemi, não lhe tornando a falar na sua viagem para ali. Verificou, então, que somente pretendia o dito papel antes de tomar conhecimento do estado em que se encontrava o Iguatemi e informando-o apenas que a serra de Maracaju era impenetrável. Referindo-se à sua chegada à citada praça, diz o dito brigadeiro que encontrou tudo num estado lamentável. Quanto às cinco Companhias de Aventureiros encontrou-as formadas de negros, mulatos, índios e criminosos, que eram pessoas em quem não se podia depositar confiança, e as quais continuamente desertavam. Falando acerca do governador de Iguatemi, o capitão-mor regente José Gomes de Gouveia, acha que não é pessoa indicada para o citado cargo, visto que era incompetente em assuntos militares e que praticara vários crimes em São Paulo. Aludindo à proposta que lhe fez o governador , à sua saída de São Paulo, dizendo-lhe que se tornasse seu aliado e confirmasse as suas contas, porque em troca o tiraria deste distrito, respondeu o citado brigadeiro que sempre fará as suas observações com toda a lealdade, interessandolhe somente permanecer onde fosse do agrado de (D. José I) . -- Anexo(s): 2 relações. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: INSTRUÇÃO MILITAR (parágrafos da) que levou o governador (e capitãogeneral da capitania) de São Paulo, Martim Lopes Lobo de Saldanha, com data de 24 de Janeiro de 1775, nas quais se diz o seguinte: Que (D. José I) ordenou ao (vice-rei do Estado do Brasil) , marquês do Lavradio (D. Luís de Almeida Portugal Soares de Alarcão Eça e Melo Silva e Mascarenhas) , que, como em São Paulo não houvesse oficiais competentes a quem se confiasse o Estado Maior, escolhesse, das tropas que guarnecem o Rio de Janeiro, quatro dos oficiais mais competentes, os quais debaixo das ordens do dito governador, formariam o Regimento de (Infantaria) de São Paulo. Que logo que chegasse a esta capitania com os ditos oficiais, devia mandar chamar à sua presença as sete Companhias aí existentes, as quais reformaria, dando baixa dos soldados que achasse incapazes para o serviço, e, recrutando soldados nos diversos distritos da capitania, completaria o dito Regimento, de conformidade com os existentes em Portugal. Que os quatro oficiais acima referidos deveriam ocupar os postos de coronel, tenente-coronel, sargento-mor e ajudante, nomeando para os outros postos os que lhe parecerem mais competentes, dando preferência aos paulistas. -- Anexo(s): [dado não informado]. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: CARTA RÉGIA (cópia da) em que (D. José I) informa o governador e capitão-general da capitania de São Paulo, Martim Lopes Lobo de Saldanha, sobre o Plano Militar,-que junto remete-, elaborado pelo secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, Martinho de Melo e Castro, e que diz respeito à formação de um Regimento de Infantaria, nos moldes dos existentes em Portugal, à criação duma Legião de Tropas Ligeiras e à regulamentação e disciplina dos Corpos Auxiliares já existentes. -- Anexo(s): instruções, plano, carta régia. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: COLEÇÃO (sétima parte da) dos despachos para o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, enviados pela nau de guerra, Nossa Senhora de Belém; cartas régias, ofícios e ordens régias dirigidas ao Vice-Rei e capitão general de mar e terra do Brasil, marquês do Lavradio (D. Luís de Almeida Portugal Soares de Alarcão Eça e Melo Silva e Mascarenhas) ao governador e capitão-general da capitania de São Paulo, Martim Lopes Lobo de Saldanha ao governador e capitão-general de Minas Gerais, D. Antônio de Noronha. -- Anexo(s): 3 cartas, 3 ofïcios, mapa, 2 relações, 2 instruções. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: DECRETO de (D. José I) pelo qual ordena ao Conselho Ultramarino que dê cumprimento à nomeação de Antônio Lobo de Saldanha, para o cargo de ajudante de ordens do Governo da capitania de São Paulo, com a patente de capitão de Infantaria. -- Anexo(s): [dado não informado]. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: REQUERIMENTO do governador e capitão-general da capitania de São Paulo, Martins Lopes Lobo de Saldanha a (D. José I) pedindo que lhe sejam mandadas passar as mesmas provisões que passaram aos seus antecessores no governo da capitania e que vêm transcritas na certidão junta. -- Anexo(s): requerimento. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: OFÍCIO do (ministro e secretário de Estado dos Negócios do Reino, Sebastião José de Carvalho e Melo) , marquês de Pombal, ao (ministro e secretário de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinos) , Martinho de Melo e Castro, no qual diz remeter duas patentes dos governadores e capitães generais das capitanias, de São Paulo e de Minas Gerais, respectivamente (Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão, morgado de Mateus ) e (Antônio Carlos Furtado de Mendonça ) , com as competentes cartas de crença, para que as leve à presença de (D. José) . -- Anexo(s): [dado não informado]. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: REPRESENTAÇÃO dos oficiais da Câmara da nova vila da freguesia de São João da Atibaia, do Bispado da capitania de São Paulo, dizendo que a igreja desta freguesia foi construída logo nos primeiros tempos do descobrimento do Brasil por Jerônimo de Camargo, e reedificada por seu genro, Antônio do Prado Cunha os quais ficaram seus protetores, bem como o filho deste, João do Prado de Camargo. E, como o Rei elevou esta freguesia à categoria de vila e como são poucas as pessoas que podem pagar para o sustento de um pároco, pedem que lhes conceda um padre colado, indicando para tal Jerônimo de Camargo Bueno, presbítero do hábito de São Francisco, e filho do dito João do Prado Camargo, e de quem tinham as melhores informações. -- Anexo(s): [dado não informado]. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: OFÍCIO (minuta do) do (ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, Martinho de Melo e Castro) para o (vicerei do Estado do Brasil) , Marquês do Lavradio (D. Luís de Almeida Portugal Soares de Alarcão Eça e Melo Silva e Mascarenhas) tratando das medidas a empregar quanto ao anil e cochonilha, às lavouras e criações a que se dedicavam os povos do Rio Grande. Quanto ao anil achava-se que era de boa qualidade, mas como não vinha perfeitamente fabricado fora arranjado um engenho para poder servir nas tinturarias e poder competir em qualidade e preço com Castela. Não se compreendia por isso, a liberdade de venda, que os fabricantes pretendiam julgando receber assim mais do que recebiam da Fazenda Real, sucedendo ao produto o mesmo que ao do Maranhão, Pará e Cabo Verde que não tiveram venda. A solução adotada no Rio de Janeiro foi a que se achou melhor para os ramos onde os ganhos eram duvidosos, mas insistindo os ditos fabricantes pela liberdade de venda, seria posta a questão a (D. José I) , ficando desde jà com autorização para a cochonilha, -- Anexo(s): [dado não informado]. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: REQUERIMENTO do médico do presídio e tropas de São Paulo, Joaquim José Freire da Silva, a (D. José I) , dizendo que, tendo pedido a confirmação da sua profissão, lhe foi ordenado que juntasse ao requerimento a confirmação do seu antecessor o que não pode fazer, pois é ele o primeiro homem formado em medicina pela Faculdade, que nesta cidade se encontra exercendo clínica. Porém, a graça a que aspira foi concedida a muitos outros que ocuparam o mesmo cargo nas diferentes capitanias, motivo por que se considera com direito a elas. -- Anexo(s): 2 requerimentos. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: CARTA do (governador e capitão-general da capitania de São Paulo) , D. Luís Antônio de Sousa (Botelho Mourão, morgado de Mateus) a (D. José I) , sobre o requerimento que fez ao soberano o alferes de Jacuí, Valério Sanches Brandão, que se acha preso, há muito tempo, na cadeia de São João de El-Rei, por ordem do antigo governador de Minas Gerais, o conde de Valadares (D. José Luís de Meneses Abranches de Castelo Branco) . Diz, o governador de São Paulo, que todas as questões originadas pelos limites das capitanias de São Paulo e Minas Gerais, em virtude das quais se ocasionaram os motivos por que foi preso o requerente, cessaram inteiramente, e os povos de uma e de outra estão de novo de posse das suas terras.Quanto ao caso pessoal do requerente acha que o rei pode deferir o que lhe é pedido, pois crê que o dito aqui da maneira que julgou mais de acordo com as ordens do seu general, sendo por isso digno de perdão. -- Anexo(s): requerimento. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: CARTA do provedor da Fazenda Real (da capitania de São Paulo, José Honório de Valadares e Aboim, para (D. José I) , dizendo que, apesar de se encontrar suspenso, não pode deixar de informar o que se passou acerca do contrato dos dízimos. Tendo-se posto editais para que no mês de Junho de (1774) , se arrematasse o contrato dos dízimos daquela capitania, por três anos, que começariam em 1 de Julho do mesmo ano, principiou, repentinamente, no dia 25 de Junho sem ter havido os pregões costumados. E, pelo porteiro da Junta (João Pedro Ribeiro da Veiga) , foi então publicado um lanço, que lhe dera o capitão-mor Manuel de Oliveira Cardoso, o qual foi coberto pelo mercador (de São Paulo) , Manuel José Gomes, que ordenou ao porteiro que desse, assim, o contrato por arrematado. Mas, o dito capitão-mor e o capitão Antônio Fernandes do Vale, não ficaram satisfeitos e cobriram aquele lanço com os seus, que não foram aceitos pelo porteiro. Para reclamar desta atitude, entrou o dito capitão-mor na Casa da Junta, e expôs o sucedido, dizendo que, mesmo havendo quem subisse o seu último lanço, ainda o tornaria a cobrir. Mas, o presidente da Junta e também (governador e capitão-general da capitania de São Paulo) , D. Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão, (Morgado de Mateus) , respondeu-lhe que, como ele já fora contratador durante os anos antecedentes, era justo que se entregasse agora, por outros três, ao mercador Manuel José Gomes, pois com o seu lanço já ficava satisfeita a Fazenda Real, Como o dito capitãomor rebatesse esta decisão dizendo que o Rei ordenava que se entregasse o contrato à pessoa que lançasse mais, respondeu-lhe aquele presidente que tomaria a responsabilidade de todo o prejuízo. -- Anexo(s): [dado não informado]. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: OFÍCIO do (brigadeiro) José Custódio de Sá e Faria para o (ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos) , Martinho de Melo e Castro, dizendo que em 26 de (Setembro de 1774) , partia para a freguesia de Araritaguaba, distante vinte e duas léguas de (São Paulo) , na margem do rio Tietê, onde se encontravam as canoas que o transportariam para o Iguatemi , levando consigo alguns soldados e oficiais do Regimento de Artilharia e Infantaria do Rio de Janeiro e mais dez presos tirados da cadeia de (São Paulo) . Não o acompanhou, apesar de o ter ordenado (D. José I) , o pequeno corpo de paulistas, por lhe não ter sido entregue. Diz que, em chegando ao seu destino, cumprirá as ordens do Rei, as quais deseja executar com acerto. -- Anexo(s): [dado não informado]. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: OFÍCIO do (brigadeiro) José Custódio de Sá e Faria para o (ministro e secretário de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinos) Martinho de Melo e Castro, participando a existência de diamantes nos campos de Tibaji onde durante o governo do (governador e capitão-general da capitania de São Paulo, Gomes Freire de Andrada) , conde de Bobadela, se colocou em guarda para impedir a entrada de qualquer pessoa, nesses campos. Este já existe, visto falar-se em São Paulo da extração dos ditos diamantes. Confirmando isto, manda junto as opiniões de várias testemunhas tiradas de uma devassa feita na vila de Faxina pelo ouvidor cessante, Salvador Pereira da Silva, o qual lhe participou que já sobre este assunto informava o Rei, mas que temia que tivesse havido qualquer descaminho, pois não se efetuou coisa alguma a esse respeito. -- Anexo(s): auto de devassa. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: OFÍCIO do (brigadeiro) José Custódio de Sá e Faria, para o (ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos) , Martinho de Melo e Castro, dizendo que, se não cumpriu as Ordens enviadas por (D. José I) para partir para o Iguatemi, foi porque o (governador e capitão-) general da capitania de São Paulo (D. Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão, morgado de Mateus) , não as transmitiu, alegando que o não queria expor às terríveis epidemias que assolavam aquela região e pedindo-lhe que, por escrito, desse a sua opinião acerca da defesa daquela praça. No entanto, tendo recebido novas ordens, disse ao dito brigadeiro que partisse , informando-o sobre o local, dizendo que o estar na margem do rio, do mesmo nome, não constitui defesa suficiente para impedir aos castelhanos a sua passagem para os "campos da Vacaria" ao norte do dito rio, sendo necessário fortificar o passo da serra de Maracaju por ser o único aberto para os mesmos campos. Parece-lhe que a dita praça não se poderá manter senão com grande despesa da Fazenda Real, devido às epidemias que a assolam causando grande número de mortesReferindose à entrada dos castelhanos nos sertões de Ivaíe Tibaji acha que só a podem fazer pelo passo da já citada cordilheira, tendo de embarcar no Iguatemi para passarem ao Paraná, visto que o salto grande (do Paraná) não é transitável e deste mesmo salto correm, para o nascente, altas montanhas, por entre as quais se despenha o "Rio Grande de Curitiba" que fecha, pelo sul, a entrada dos ditos sertões. Com grande dificuldade poderiam intentar aquela entrada pela outra "Vacaria" a nordeste das missões castelhanas do Uruguai e ao sul da nascente deste rio, saindo das ditas missões e vindo apanhar a estrada que vem do Viamão e Rio Grande de (São Pedro) do (Sul) para São Paulo. Também pelo Iguatemi não vê grandes possibilidades, pois não existem sítios propícios à navegação nem possuem os castelhanos prática da mesma, apesar de se terem antigamente estabelecido no Paraná. Acha que os ditos sertões se poderiam povoar, servindo o rio Paraná de barreira. Concluindo, acha que, se não se tivesse feito no Iguatemi aquela povoação, nunca os castelhanos tentariam contra os portugueses qualquer ataque por aquele lado, nem se lembrariam que estes o fizessem dada a grande distância entre as povoações castelhanas e portuguesas. Deste modo ficavam os portugueses com todas as vantagens de os poderem surpreender o que não se dá visto que com uma povoação tão perto estão os castelhanos sempre vigilantes, tornandose mais difícil entrar no Paraguai. -- Anexo(s): certidão. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: CARTA do (governador e capitão-general da capitania de São Paulo) , D. Luís Antônio de Sousa (Botelho Mourão, morgado de Mateus) , a (D. José I) , na qual diz que Antônio Leitão de Abreu demorou a requerer a confirmação da sua patente de capitão de Auxiliares de Cavalaria da Companhia da vila de Jundiaí, por necessitar de refazer-se das despesas que fez com a preparação da sua companhia, pelo que lhe deu licença para ir duas vezes a Goiás em seu negócio, tendo ido depois socorrer a província de Viamão. -- Anexo(s): despacho, provisão. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: OFÍCIO do (governador e capitão-general da capitania de São Paulo) , D. Luís Antônio de Sousa (Botelho Mourão, morgado de Mateus) para o (ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos) , Martinho de Melo e Castro, dizendo que mandou suspender todas as disposições que existiam para se continuar os descobrimentos dos sertões do Ivaí e Tibaji e que ficava a tirar as relações das despesas que se têm feito com as expedições aos ditos sertões. Igualmente ordenou ao ouvidor de Paranaguá , que se informasse acerca do comportamento dos descobridores para com os Índios, o qual devia ser segundo "o sistema de humanidade e brandura", decretado por (D. José I) . -- Anexo(s): [dado não informado]. -- Observações: [dado não informado].
Portugal (império). Conselho Ultramarino. SecretariaResumo: OFÍCIO do (governador e capitão-general da capitania de São Paulo) D. Luís Antônio de Sousa (Botelho Mourão, morgado de Mateus) para o (ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos Martinho de Melo e Castro) dizendo-lhe que recebera a sua carta, na qual estavam expressas as positivas ordens de (D. José I) , acerca da capitania de São Paulo. Nesta conformidade, ordenou ao brigadeiro José Custódio de (Sá e Faria) que partisse para o Iguatemi .. Referindo-se aos socorros para o Viamão. mandou que as Companhias da praça de Santos, que se encontrassem espalhadas, recolhessem a esta cidade para do mesmo modo como enviara já parte delas e um reduzido corpo do Regimento de Dragões Auxiliares de São Paulo, serem dali enviados para Laguna ou Santa Catarina, dado que aquele porto era o local por onde mais fácil e rapidamente seriam expedidas. Pelo mesmo motivo conservou no dito porto o destacamento das Companhias do Rio de Janeiro, que dali partiram para a província do Rio Grande de (São Pedro do Sul) apesar da insistência em contrário do vice-rei que era de opinião que se mandassem as tropas pelo sertão de Curitiba, apesar de saber as dificuldades que ali encontrariam para o atravessar. Quanto às tropas Auxiliares, entre outras qualidades, alude à sua obediência e aprumo militar. Aludindo ainda ao Corpo de Caçadores que o Rei ordenara que formasse, diz que necessitava do auxílio de um oficial do Rio de Janeiro. No entanto, para que possa haver uma certa facilidade no envio destes socorros e como a capitania de (São Paulo) tem de contribuir com tão poderoso auxílio, acha que deve estar ao fato de todo o plano e de todas as operações militares que o Rei ordenar em Viamão, para conveniência do real serviço. Termina afirmando que só executa o que o ministro lhe determina e que o seu único desejo é cumprir lealmente o real serviço e aumentar os domínios do Rei, com grandes lucros para a Fazenda Real e para a Coroa. -- Anexo(s): [dado não informado]. -- Observações: [dado não informado].
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